terça-feira, 5 de abril de 2011

TREINAMENTO DE FORÇA NO ENVELHECIMENTO

Envelhecimento é um fenômeno que ocorre em todos os organismos
multicelulares, sendo considerado um fenômeno com propriedades evolutivas
importantes (Kirkwood, 2002).

Para Singer (1977), o envelhecimento é a conseqüência de alterações que os
indivíduos demonstram, de forma característica, com o progresso do tempo,
desde a idade adulta até o fim da vida.

Com o passar da idade, a tendência é que as pessoas se tornem mais
sedentárias, com pensamentos equivocados de que exercício físico é coisa de
pessoas jovens. A fraqueza muscular pode avançar para um estágio no qual
um indivíduo idoso não possa realizar atividade de vida diária comuns, tais
como levantar-se de uma cadeira, varrer o chão ou retirar o lixo.

Sob condições normais, a força está maximizada entre os 20 e os 30 anos de
idade, período após o qual permanece relativamente estável ou diminui
levemente ao longo dos próximos 20 anos (Hakkinen, Kallinen e Komi, 1994).

Por volta dos 60 anos de idade, ocorre uma redução mais dramática tanto nos
homens quanto nas mulheres. Vale relatar que as mulheres parecem perder
força precocemente em relação aos homens.

A perda de força nas extremidades inferiores tem sido mostrada, em ambos os
sexos, como maior do que a perda nas extremidades superiores (Häkkinen,
Kallinen e Komi, 1994; Lynch.,1999). Tal afirmação pode explicar a perda de
equilíbrio e subsequente queda entre os idosos, podendo ocasionar diversos
tipos de traumas.


Há mais de uma década, Fiatarone e colaboradores (1990) demonstraram que
indivíduos acima de 90 anos de idade podem atingir ganhos de força em
período de apenas oito semanas de treinamento. Esse estudo chamou
bastante atenção ao conceito de treinamento de força no envelhecimento.

O treinamento de força, no público idoso, tem se mostrado um meio eficiente
para promover melhora de muitas capacidades, incluindo aumento da força, da
flexibilidade e da tolerância ao esforço (capacidade aeróbia (Dias, Gurjão e
Marucci, 2006)). Esses benefícios repercutem de maneira positiva na
autonomia funcional, melhorando o desempenho nas atividades cotidianas
(Vale ET AL, 2006; Lima et AL., 2006; Dias, Gurjão e Marucci, 2006).

Estudos feitos por Fronteira et al. (1994), utilizando também um programa de
treinamento de força intenso (3 séries de 8 repetições com 80% de 1 AVM
(ação voluntária máxima), 3 vezes/semana, durante 12 semanas) em um grupo
de idosos sedentários (60-72), demonstraram ganhos substanciais na força
(200% de AVM na extensão de joelhos) e evidenciaram também hipertrofia
muscular por análises feita por biópsia.

Fonte: Portal Educação Física

Nenhum comentário:

Postar um comentário